Adolescentes estão usando a inteligência artificial (IA), como o ChatGPT e outros “companheiros de IA”, não só para tirar dúvidas triviais, mas também para buscar conselhos pessoais, apoio emocional e companhia. Um estudo da Common Sense Media revelou que mais de 70% dos adolescentes já usaram IA com essa finalidade, e metade faz isso regularmente. Apesar de reconhecerem limitações, muitos dizem ter conversas mais satisfatórias com a IA do que com amigos reais.
Especialistas alertam que essa dependência pode prejudicar o desenvolvimento social, emocional e cognitivo dos jovens, além de reforçar sentimentos de solidão e insegurança. A IA, sempre disponível e sem julgamentos, pode reforçar a ideia de que o mundo real — com suas interações humanas mais complexas — é menos confortável. Casos extremos, como um adolescente que cometeu suicídio após apego a um chatbot, aumentam as preocupações.
Pesquisadores pedem mais supervisão, limites de idade eficazes e alertam que a IA deve complementar, e não substituir, as interações humanas. Pais e educadores ainda estão pouco cientes da profundidade desse uso e do impacto potencial sobre a saúde mental e emocional dos jovens.
Fonte: Japan Today









