Uma pesquisa da Universidade de Kyoto revelou que produtos químicos da família PFAS, potencialmente nocivos e conhecidos como “químicos eternos”, foram encontrados em lodo de esgoto em 34 estações de tratamento de águas residuais em todo o Japão. Entre eles, o PFOS, cuja produção e importação são proibidas no país, foi identificado em quase todas as amostras.
O valor mediano de PFOS foi de 5,1 nanogramas por grama, chegando a 69 nanogramas na amostra mais alta. Em 21 locais, o PFOS foi a substância de maior concentração entre os 30 tipos de PFAS analisados.
O resultado levanta preocupação porque o governo japonês incentiva o uso de lodo como fertilizante agrícola, mas ainda não definiu limites oficiais para a presença de PFAS nesses subprodutos. Apesar disso, o Ministério da Fazenda pretende dobrar o uso de fertilizantes derivados de lodo até 2030.
Os PFAS são usados em produtos como espumas anti-incêndio e revestimentos antiaderentes, mas acumulam-se no ambiente e podem representar riscos à saúde. Estudos anteriores já identificaram contaminação em rios, água potável e áreas próximas a fábricas e bases militares.
Especialistas defendem a criação de diretrizes específicas para monitorar os níveis desses compostos. Enquanto isso, outros países, como os Estados Unidos, vêm intensificando as regulamentações, alertando que até baixas concentrações podem ser prejudiciais à saúde humana.
Fonte: Japan Today









