Embora as tatuagens sejam cada vez mais comuns entre jogadores de futebol pelo mundo, no Japão elas ainda carregam forte estigma por sua associação histórica à máfia yakuza. O meio-campista Yuki Kobayashi, de 33 anos, ex-integrante da seleção japonesa e hoje atleta do Iwate Grulla Morioka, faz parte da minoria de jogadores que exibem tatuagens visíveis.
Em entrevista ao The Asahi Shimbun, Kobayashi contou que começou a se tatuar aos 23 anos, motivado pela vontade de se expressar. Ele afirmou que cada desenho representa um momento da sua carreira, citando como exemplo um tigre gravado no braço para simbolizar determinação em campo.
Apesar de não haver proibição oficial na J.League ou na seleção, jogadores são incentivados a cobrir as marcas em eventos oficiais e diante de patrocinadores. O atleta reconhece que enfrenta críticas e restrições sociais no Japão, como a entrada barrada em spas e piscinas, mas afirma que assumiu essa escolha de forma consciente.
Para os jovens, Kobayashi recomenda cautela: “O corpo é seu, mas você não deve tomar uma decisão da qual possa se arrepender depois”. Ainda assim, ele expressou desejo de que, no futuro, haja mais aceitação cultural das tatuagens no país.
Fonte: The Asahi Shimbun









