Pesquisadores dos Estados Unidos desenvolveram um novo método de tratamento do câncer baseado em luz LED infravermelha e nanoflocos de óxido de estanho (SnOx), capaz de eliminar células cancerígenas sem danificar tecidos saudáveis.
O avanço representa um marco na terapia fototérmica, técnica que usa calor gerado por luz para destruir tumores. Diferente dos sistemas tradicionais, que dependem de lasers caros e intensos, o novo método utiliza LEDs acessíveis e portáteis, reduzindo custos e riscos de queimaduras em tecidos vizinhos.
Em testes de laboratório, a combinação de LEDs e nanoflocos destruiu 92% das células de câncer de pele e 50% das de câncer colorretal em 30 minutos, poupando células saudáveis. O óxido de estanho, material estável e biocompatível, foi adaptado para absorver luz infravermelha de forma eficiente, produzindo calor localizado suficiente para romper as membranas das células malignas.
Os cientistas preveem o uso de dispositivos em forma de adesivo, aplicados na pele após cirurgias, para eliminar células residuais e evitar recorrências. O tratamento também poderia complementar terapias como imunoterapia ou medicamentos direcionados, aumentando sua eficácia.
Além da eficácia e precisão, o método se destaca pela segurança e baixo custo, o que pode ampliar o acesso a terapias anticâncer em países com poucos recursos.
Ainda em fase inicial, a tecnologia deve avançar para ensaios pré-clínicos, mas especialistas acreditam que o uso de luz LED como ferramenta médica pode inaugurar uma nova era de tratamentos mais humanos, acessíveis e localizados contra o câncer.
Fonte: Japan Today









