O sistema prisional japonês vive um momento de transição. Em junho, entrou em vigor a nova pena “kokinkei”, que altera o enfoque da punição para a prevenção da reincidência. Paralelamente, o Ministério da Justiça iniciou um projeto nacional para redefinir missão, visão e valores das instituições correcionais, envolvendo 125 funcionários, entrevistas internas, oficinas públicas e o escuta de vítimas e ex-detentos. As conclusões, publicadas em fevereiro de 2025, destacam a crença na reabilitação como forma de construir uma sociedade mais segura — conceito que ainda enfrenta resistência dentro das unidades.
O agente Akihiro Oyamada relata que o processo o ajudou a recuperar o sentido do trabalho e fortalecer vínculos com a comunidade externa. Já Shota Kubo, agente penitenciário em Kyoto há 15 anos, admite não acreditar na reabilitação após repetidos casos de reincidência, mas vê potencial nas parcerias com empresas locais para capacitação profissional e geração de oportunidades — iniciativas que incluem artes tradicionais e projetos de empreendedorismo para detentos. A aposta japonesa é que a integração social e o engajamento comunitário sejam decisivos no futuro da reabilitação.
Fonte: The Mainichi









