O lutador brasileiro Vitor Toffanelli sobe novamente ao ringue do Hoost Cup no próximo dia 28 de dezembro, em Nagoya, em um evento que tem significado especial em sua trajetória no Japão. Foi justamente no Hoost Cup que Vitor fez sua primeira luta de kickboxing em solo japonês, e onde protagonizou um dos nocautes mais marcantes de toda a sua carreira.
“O Hoost Cup foi o evento que abriu as portas para mim no Japão. Dentro dele eu tenho um dos nocautes mais lindos da minha carreira”, relembra o atleta. “Por isso, lutar novamente aqui tem um peso muito grande.”

Vitor Toffanelli terá pela frente o japonês Taichi Ishikawa, atleta da Tenclover Gym, atualmente 4º colocado no ranking dos meio-médios (67,5 kg) da organização RISE. A luta será disputada no formato tradicional do Hoost Cup, com três rounds de três minutos, além de um round extra em caso de empate.
O confronto coloca frente a frente dois atletas experientes: de um lado, um brasileiro que construiu sua carreira no Japão e conquistou títulos importantes; do outro, um lutador japonês ranqueado, acostumado ao alto nível de exigência do kickboxing local.

Preparação intensa e confiança em alta
Vivendo uma fase de maturidade profissional, Toffanelli afirma chegar muito bem preparado para o confronto. A rotina de treinos tem sido intensa, com dois treinos diários, divididos entre preparação física e técnica.
“A minha preparação está ótima. A parte mental também está muito boa, porque eu consigo trabalhar energias positivas e me motivar todos os dias para conquistar a vitória”, afirma.
Dentro do ringue, o brasileiro promete um estilo mais estratégico, mas sem perder sua marca registrada. “O público pode esperar um lutador mais técnico e consciente. E mantenham os olhos abertos, porque eu vou nocautear”, dispara, confiante.

Superação no Japão e mudança de mentalidade
Construir uma carreira no Japão não foi simples. Vitor destaca que o momento mais difícil foi quando enfrentou uma sequência de quatro derrotas consecutivas, período em que a motivação quase desapareceu.
“Eu não conseguia me imaginar sendo campeão no Japão. Mas consegui dar a volta por cima e hoje sou campeão mundial”, relembra.
Segundo ele, o contato com a cultura marcial japonesa foi determinante para essa virada. “A arte marcial no Japão é mais forte do que no Brasil. Eu comecei a estudar mais luta, entender o que os japoneses faziam, e isso mudou completamente minha forma de pensar e de lutar.”
Reconhecimento, Brasil e fase final da carreira
Apesar dos títulos conquistados, Toffanelli mantém uma visão muito pessoal sobre reconhecimento. “Eu luto para mim. Quero ser campeão para provar para mim mesmo que eu consegui chegar ao topo. Se o reconhecimento externo não vem na mesma proporção, não me incomoda. Eu sei como foi a batalha.”
Representar o Brasil, no entanto, segue sendo motivo de orgulho. Ele relembra com emoção o momento em que conquistou o título mundial, com o hino nacional brasileiro tocando antes da luta. “Eu me arrepiei inteiro. Fiquei muito feliz em poder mostrar a força do Brasil para o mundo.”
Aos poucos, o lutador entra na fase final da carreira, mas deixa claro que o objetivo é encerrar o ciclo no mais alto nível. “Quero continuar provando para mim mesmo que posso terminar minha carreira sendo campeão. Daqui para frente, eu vou vencer todas as minhas lutas.”

Mensagem para novos atletas
Para os brasileiros que sonham em lutar no Japão, Vitor deixa um recado direto e realista: “Não vai ser fácil, mas é possível. Você pode alcançar o que quiser, desde que tenha determinação e não desista.”
E ao público que acompanha sua trajetória, o lutador resume com bom humor o que espera ouvir após a luta do dia 28:
“Que ainda falta só mais um pouco… por favor, continue forte!”, brinca.
📅 Serviço
Evento: Hoost Cup Kings Nagoya 18
Data: 28 de dezembro
Local: Nagoya – Japão
Ingressos: Já estão à venda pelo site oficial
👉 Hoost Cup Official
https://www.hoostcup.com











