Quem nunca se irritou com a bagunça em um “open office” que atire a primeira pedra. No Japão, a busca por privacidade e silêncio fez com que empresas desenvolvessem cápsulas de trabalho de pouco mais de 1 metro quadrado. Seria esse o futuro do coworking? Os cubículos serão instalados em estações de trem, aeroportos, cafeterias, shoppings, bibliotecas, museus, parques e até dentro de empresas. Há dois modelos: um para uso individual e outro que comporta até duas pessoas — uma espécie de sala de reuniões compacta.
O protótipo é fruto de uma parceria entre a Mitsubishi Estate, Okamura, V-Cube e Telecube. O intuito é espalhar mil cabines em todo o país até 2023. O dispositivo está sendo testado desde novembro de 2018.
Todas as cabines serão revestidas com isolamento acústico, terão cadeira, mesa e tomadas de energia. Para usufruir do espaço, os usuários devem reservar um horário com antecedência e fazer o desbloqueio por meio de um QRCode. O valor será 250 ienes (R$ 9,03) por cada 15 minutos de uso. Já as empresas que aderirem ao modelo poderão contar com o plano de assinatura corporativa — o valor ainda não foi divulgado.
Para o diretor executivo da Telecube, Hiroyuki Mashita, o escritório é uma alternativa para as pessoas que precisam resolver imprevistos do trabalho. “Se o profissional precisar fechar uma venda e estiver dentro de uma estação de trem, a cabine, com certeza, vai ser muito útil. Ele vai ter um local de trabalho de fácil acesso”.
O governo japonês também está apoiando o projeto por acreditar que muitos trabalhadores podem usar as cabines, especialmente durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. A estimativa é de que 7,8 milhões de turistas visitem o país para o evento.