Um estudo publicado no The Journals of Generontology: Series B, nos EUA, revelou que pessoas que estão em um casamento, na terceira idade, tem menos possibilidade de desenvolver doenças da demência, como Alzheimer. O estudo teve quatro grupos de pessoas avaliados: divorciados, viúvos, nunca casados e pessoas que vivem junto de outras. Entre todos estes, os divorciados foram os que demonstraram maior risco de demência.
Atualmente, de acordo com o estudo, 5,8 milhões de pessoas vivem com Alzheimer ou outras doenças relacionadas, nos EUA. Isto tem um grande custo para o país, de cerca de US$ 290 bilhões, e é considerado um problema de saúde pública, de acordo com um dos autores do estudo, Hui Liu.
Os pesquisadores tiveram um total de 15 mil entrevistados, em 14 anos de estudo. De 2000 a 2014, os estudiosos entrevistavam os idosos, que estão em um casamento e que não estão, a cada dois anos, para medir suas funções cognitivas e avaliar se houve algum desenvolvimento de demência ou avanço da doença neste período.
Por fim, o estudo chegou a conclusão de que os divorciados ou separados são os que mais acabaram sendo atingidos pela demência na terceira idade. Dentro deste grupo, os homens também foram mais afetados que as mulheres. Além disso, o estudo também descobriu que os recursos econômicos de cada entrevistado influenciavam apenas parcialmente no risco da demência.
De acordo com Liu, esta descoberta irá ajudar o Estado a desenvolver melhores políticas de saúde e a formar profissionais que consigam identificar mais facilmente as populações vulneráveis, projetando estratégias de intervenção mais eficazes contra a doença, reduzindo seu risco.