De acordo com uma nova pesquisa publicada no The Journal of Hospital Infection, o coronavírus, oficialmente chamado de COVID-19, pode sobreviver fora do corpo humano por até 9 dias, em temperatura ambiente.
O estudo não é definitivo, no entanto, e os pesquisadores tiveram que consultar os 22 estudos que envolvem todos os outros coronavírus desta mesma família, tanto os que infectam apenas seres humanos quanto aqueles que infectam apenas animais, para gerar as informações sobre o COVID-19, também conhecido por 2019-nCoV.
Média de 4 a 5 dias
Os pesquisadores disseram que os patógenos humanos podem sobreviver e permanecer infecciosos em diversas superfícies, como metais, madeira, plástico e vidro, em média, de quatro a cinco dias. Nove dias seria o limite máximo dessa resistência, principalmente em locais com baixa temperatura e alta humidade do ar. Só para efeitos de comparação, o vírus do sarampo sobrevive por até duas horas fora do nosso organismo.
Já os patógenos animais, podem sobreviver fora de um hospedeiro por mais de 28 dias.
Capacidade infecciosa é desconhecida
Apesar dessa grande resistência do coronavírus, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), afirmou que ainda não está claro se as pessoas podem se infectar ao tocar uma superfície que foi exposta ao vírus e tocar suas mucosas, como olhos, boca e nariz. Essa informação requer uma estudo específico sobre o 2019-nCoV.
Desinfecção de ambientes pode ser eficaz
Baseados nas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o SARS e o MERS (dois coronavírus da mesma família), os pesquisadores recomendam a desinfecção de ambientes com o hipoclorito de sódio, peróxido de hidrogênio ou álcool.
Dado o perigo de que o surto do 2019-nCoV fique ainda pior, os pesquisadores consideram que o investimento no material para desinfecção é uma estratégia mais fácil do que lidar com o tratamento dos infectados, o que envolve o risco de morte.