Você já deve ter lido a sigla SETI – de Search for Extraterrestrial Intelligence – inúmeras vezes, certo? O termo se traduz como Busca por Inteligência Extraterrestre e se refere ao esforço coletivo de cientistas, estudiosos e membros da comunidade em… Bem, descobrir se existem formas de vida ou civilizações alienígenas pelo Universo.
A iniciativa já rendeu a criação de organizações como a Breakthrough Listen, fundada por Stephen Hawking e o bilionário russo Yuri Milner, a SERENDIP, do Centro de Pesquisas SETI da Universidade de Berkeley, nos EUA, e o Instituto SETI, inaugurado em 1984 e do qual Carl Sagan era membro do conselho diretor, entre outros. No entanto, essas organizações todas são fruto de investimentos privados e um número cada vez maior de astrônomos defende que passou da hora de os projetos receberem verbas públicas para seguir adiante.
Em busca de vida extraterrestre
De acordo com Pallab Ghosh, da BBC, apesar de no passado a busca por sinais de vida extraterrestre ser vista com bastante ceticismo, hoje a iniciativa é bastante respeitada e atrai um número cada vez maior de pesquisadores. Tanto que é comum que os astrônomos que trabalham com a SETI frequentemente formem parcerias e recebam o apoio de radiotelescópios e observatórios espaciais de várias partes do mundo em sua busca.
O anúncio mais recente foi o de que o observatório Very Large Array (VLA), situado no Novo México – e que consiste em um dos mais avançados do planeta – está se unindo à investigação. A expectativa é de que a colaboração resulte na criação de um dos mais completos e detalhados levantamentos relacionados com a busca de sinais de inteligência extraterrestre e a sua participação pode aumentar em 10 (ou até 100) vezes as chances de se detectar evidências da existência de civilizações alienígenas.
Pois, segundo defendem muitos astrônomos, as investigações devem ser levadas a sério também pelos governos, serem aceitas como uma área de pesquisa como outra qualquer da Astronomia e receber o devido suporte científico e financeiro.
Com relação ao contra-argumento de que investir nessa busca seria desperdício de verba pública, os defensores da causa alegam que bilhões já foram injetados no Grande Colisor de Partículas e, até agora, nenhuma partícula subatômica que não estivesse prevista no Modelo Padrão foi descoberta. Ademais, já existe investimento público para programas focados em detectar microrganismos vivendo em exoplanetas, então, por que as iniciativas SETI não podem receber crédito também? E você, caro leitor, o que opina?