O laboratório Queen Mary Bio Enterprises Innovation Center, de Londres, Inglaterra, está oferecendo 3.500 libras, algo em torno de R$ 21 mil, para o voluntário que aceitar ser contaminado pelo vírus do Covid-19, a fim de testar vacinas que possam trazer resultados positivos para uma futura cura definitiva. Segundo reportagem do The Times publicada nesta semana, o centro de tratamentos está procurando 24 voluntários que estejam dispostos à sofrer a injeção de uma pequena quantidade de coronavírus.
Em informação repassada pela equipe médica do centro, as pessoas que estarão sujeitas à bateria de testes receberão duas doses pouco agressivas do vírus, antes de passar cerca de duas semanas em quarentena para a observação das principais respostas da vacina, com a expectativa de que possam surgir casos de alguns sintomas respiratórios entre os pacientes. “Se funcionar em nosso pequeno vírus, é muito provável que vá funcionar no mundo real”, afirma o Professor John Oxford, virologista da Queen Mary University, em Londres.
Porém, antes mesmo de serem iniciados os testes, os voluntários passarão por etapas de entrevistas e análises, que buscarão documentar seus históricos médicos através de observação sanguínea, de urina e do aparelho cardíaco. Além disso, os postulantes a pacientes não deverão ter desenvolvido quaisquer tipos de anticorpos contra o coronavírus, para reafirmar a condição de uma fabricação de uma vacina “natural” sem influência de organismos internos nos corpos. “Na realidade, todos nós já fomos expostos a muitos coronavírus, o que significa que podemos ter algum tipo de imunidade dormente no organismo”, esclarece Andrew Catchpole, diretor da Hvivo, companhia que executará a quarentena.
O laboratório, que se destaca por ser mais um da frente de combate ao coronavírus, pandemia que já matou mais de 4.000 pessoas ao redor do planeta e já infectou mais de 110 mil vítimas, busca, nessa iniciativa, desenvolver uma vacina já para ser utilizada no próximo inverno, a fim de proteger a população mais idosa e os que apresentam problemas de saúde.
Atualmente, o centro laboratorial aguarda a aprovação Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido para dar continuidade aos testes experimentais e poder apresentar os resultados de mais de 46 milhões de libras investidas para a cura do coronavírus.