Um especialista japonês vem pedindo que sejam realizadas inspeções sobre preparativos em relação à probabilidade de outro megaterremoto na Região Nordeste do Japão. Ele afirma que o risco de um terremoto de grande magnitude não diminuiu.
O alerta veio do professor Ryota Hino, da Universidade de Tohoku. Um grande terremoto, seguido de tsunami, devastou a região de Tohoku no dia 11 de março de 2011. Desde o ano seguinte, o grupo de estudos do professor Hino vem monitorando os movimentos do solo no fundo do mar da região, usando 20 aparelhos de GPS, instalados no leito marinho.
O grupo concluiu uma análise detalhada dos dados até setembro de 2016. Os dados revelaram que o fundo do mar, ao largo da costa das províncias de Iwate a Aomori, bem como ao largo da costa de Fukushima, está se deslocando até 8 centímetros em direção leste, anualmente.
O estudo também mostrou que o fundo do mar, ao largo da costa da província de Miyagi – próximo do epicentro do terremoto de 2011 – está se movendo em direção oeste em até 16 centímetros, anualmente.
Hino acredita que as bordas das placas oceânicas do lado terrestre e do lado marítimo continuam a se deslocar vagarosamente por baixo da área costeira da província de Iwate e perto da Fossa do Japão, na província de Fukushima.
Hino afirma que essas regiões não são suscetíveis a grandes terremotos, mas que exercem forte pressão em zonas adjacentes. Ele diz que o movimento no fundo do mar na região de Tohoku mostra que o impacto do enorme terremoto de 2011 continua e que os riscos de outro grande ainda existem.