Uma pesquisa feita pela emissora NHK mostra que funcionários públicos de 14 províncias do país trabalharam acima da chamada “linha de karoshi”, termo usado para designar pessoas que fazem mais de 100 horas de hora-extra em um mês, no começo de abril, o primeiro pico da pandemia de COVID-19 no Japão.
Durante o período, algumas repartições públicas chegaram a atender cerca de 700 pessoas por dia. Por conta da forte demanda pelos serviços públicos, os funcionários locais fizeram mais de 100 horas de hora-extra no mês.
Em certas províncias, foram registrados casos de funcionários fazendo até 200 horas, como foi o caso das províncias de Yamaguchi, Chiba e Fukui.
A quantidade excessiva de horas de trabalho chamou atenção das autoridades japonesas, já que ele está muito acima das 100 horas que são o mínimo, para que o trabalho seja considerado acima da “linha de karoshi”.
Com a chegada do outono e a possibilidade de aumento de casos de gripe durante o período, além da própria permanência da pandemia de COVID-19, o governo do Japão e de cada prefeitura estão preocupados com o problema do karoshi entre seus funcionários públicos.
O país corre para digitalizar certos processos burocráticos, mas realizar tantas mudanças em poucos meses é difícil, visto que o país ainda não tem a infraestrutura e experiência para fornecer serviços online.