Os governos do Japão e dos EUA já começaram a discutir a renovação do acordo de uso de bases militares em território japonês por militares americanos, mas o acordo final só deverá sair no ano que vem, segundo especialistas na área de segurança nacional.
O acordo foi assinado pelos 2 países como parte da aliança militar entre Tóquio e Washington. A maior parte das bases americanas no Japão está em Okinawa, com cerca de 70% das instalações militares dos EUA. Apesar dos protestos na província, o governo dos dois países seguem com os planos de manter a maior parte das bases em Okinawa.
Entre os entraves do novo acordo está o montante que será pago pelo Japão para manter os militares americanos em seu território. O dinheiro pago pelo Japão é usado para pagar o salário dos militares americanos e outros funcionários das bases, para os gastos com água, luz e energia, além da própria manutenção da base.
O atual acordo expira em março de 2021, por isso os dois governos seguem negociando às pressas o acordo. O governo de Donald Trump já havia deixado claro que o Japão precisaria pagar mais para ter os militares americanos em seu território, mas o Japão se recusa a aumentar o montante pago, justificando que o valor atual é o suficiente para manter as tropas em solo japonês.
Tóquio segue com o plano de manter o mesmo montante pago e espera que com a eleição de Joe Biden, as negociações possam avançar a favor do lado japonês. A ameaça da China nos mares da região também não interessa os EUA, o que pode fazer Washington considerar pagar o mesmo valor para manter armado o seu principal aliado no Pacífico.