O Departamento de Defesa dos Estados Unidos publicou um relatório nesta terça-feira (09) afirmando que, só agora, “está começando a se dar conta da amplitude das vulnerabilidades” no armamento do país. O relatório aborda o atraso do Pentágono no que toca cibersegurança, além das dificuldades para recrutar especialistas, reporta a France Presse.
Como informa o G1, o próprio relatório se intitula: “O Departamento de Defesa está apenas começando a se dar conta da amplitude das vulnerabilidades”. Entre as vulnerabilidades, é destacado que o equipamento militar dos EUA está cada vez mais conectado. Por exemplo, caças repletos de softwares e sensores, comandos operacionais realizados por telões, soldados localizados em terra via GPS e navios computadorizados.
De acordo com o escritório de contas do Congresso dos Estados Unidos (GAO), em um dos casos relatados como exemplo, “foi necessária apenas uma hora para uma equipe de duas pessoas penetrar no sistema de computador de um armamento, e um dia para controlar completamente o seu funcionamento”.
Analistas do Pentágono também assumiram, diz o relatório, o controle de terminais usados durante um exercício militar. Os analistas tiveram sucesso em controlar o sistema e manipulá-lo de inserir um aviso na tela pedindo a “introdução de uma moeda” para continuar com a atividade.
O Departamento de Defesa dos EUA ainda se mostra perdido no relatório ao afirmar que “não sabe a extensão das vulnerabilidades de seus sistemas de armamento porque, por uma série de razões, o alcance e a sofisticação dos testes foram limitados”, escreve o G1.
Para mudar esse panorama, o Departamento pretende contratar jovens antes de terminar a universidade, oferecendo a primeira oportunidade profissional — essa é uma das questões mais delicadas para o órgão, visto que os especialistas costumam ser contratados pelo setor privado por melhores salários.