Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão apontou que a maioria dos professores do ensino fundamental trabalha por mais horas além do limite mensal legal.
Um resultado preliminar da pesquisa realizada no ano fiscal que terminou no mês de março passado foi divulgado nesta sexta-feira (28). O levantamento abrangeu cerca de 35.000 professores de escolas do ensino fundamental, ou escolas primárias e ginasiais no sistema educacional japonês, e foi realizado pela primeira vez em seis anos.
Os resultados mostraram que, em média, os professores do ensino ginasial trabalharam 11 horas e um minuto por dia nos dias de semana, e os professores do ensino primário, 10 horas e 45 minutos por dia. Cada um desses números apresentou redução de cerca de 30 minutos em comparação à pesquisa anterior.
No entanto, o estudo constatou que 77,1% dos professores do ensino ginasial e 64,5% dos professores do ensino primário devem ter trabalhado além do limite legal de horas extras de 45 horas por mês.
O ministério afirma que, embora o período gasto no trabalho tenha diminuído graças à tecnologia da informação e à redução dos eventos escolares devido à pandemia do coronavírus, a prática criticada de longas horas de trabalho dos professores do Japão ainda não foi resolvida.
A ministra da Educação, Nagaoka Keiko, disse aos repórteres que o governo vai se empenhar para reformar as condições de trabalho dos professores e, ao mesmo tempo, para melhorar a qualidade da educação.