As Forças Armadas de Israel ampliam gradualmente a sua ação militar, com a intensificação de ataques aéreos e o despacho de tropas terrestres adicionais para a Faixa de Gaza, sob controle do Hamas. Milhares de pessoas saquearam depósitos de uma agência da ONU em meio à grave escassez de água e alimentos resultante do bloqueio imposto por Israel.
No domingo, forças israelenses levaram adiante a sua operação terrestre na Faixa de Gaza. Um porta-voz militar declarou que a operação “segue as etapas da guerra, em conformidade com o plano” e que “a ação terrestre vem sendo ampliada gradualmente”.
As Forças Armadas de Israel anunciaram que suas tropas mataram vários militantes do Hamas que saíam de um túnel perto da Passagem de Erez, na região norte da Faixa de Gaza.
O Hamas disse ter atacado forças israelenses no norte do enclave e em outras áreas.
Vem aumentando em Gaza o número de mortos e feridos em consequência dos intensos bombardeios israelenses. Autoridades sanitárias do enclave afirmaram que 8.005 pessoas foram mortas desde o início do conflito, no dia 7. Acrescentaram que entre os mortos estão 3.324 crianças e 2.062 mulheres.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina informou que milhares de pessoas invadiram seus depósitos e centros de distribuição nas regiões central e sul da Faixa de Gaza. Foram roubadas farinha e outras necessidades diárias.
O responsável pelo escritório local da agência disse que o saque é um “sinal preocupante de que a ordem civil tenha começado a se desintegrar após três semanas de guerra e do cerco apertado a Gaza”.
Ele descreveu a população local como “assustada, frustrada e desesperada”.
A Sociedade do Crescente Vermelho Palestina disse ter recebido o que chamou de sérias ameaças de Israel para desocupação imediata do Hospital Al-Quds, situado na região norte da Faixa de Gaza.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde manifestou forte preocupação com a ameaça.
Tedros Adhanom Ghebreyesus disse, em redes sociais, ser “impossível esvaziar hospitais repletos de pacientes sem colocar a sua vida em risco”.
Fonte: NHK World-Japan