No último dia 1º de janeiro de 2024, o Japão foi abalado por um forte terremoto seguido por um tsunami, que deixou quase 170 vítimas e mais de 300 desaparecidos.
O tremor, que atingiu uma magnitude de 7,6 na escala Richter, teve seu epicentro localizado na província de Ishikawa, na região centro-oeste do país. A intensidade do abalo sísmico provocou um tsunami com ondas de até quatro metros de altura e uma série de desmoronamentos, deslizamentos de terra e colapso de estruturas, resultando em um elevado número de vítimas.
As autoridades japonesas, juntamente com equipes de resgate e voluntários, estão desde então empenhadas em realizar operações de busca e resgate. No entanto, a tarefa tem sido árdua devido ao difícil acesso às áreas afetadas. As principais estradas de acesso foram severamente danificadas pelo terremoto, impossibilitando o tráfego seguro de veículos.
Além disso, a região tem enfrentado adversidades climáticas. As fortes chuvas e a neve que caíram nos últimos dias dificultaram ainda mais as operações de resgate.
As equipes de resgate têm enfrentado desafios adicionais diante do difícil acesso, uma vez que, à medida que o tempo passa, as chances de encontrar sobreviventes diminuem. No entanto, os esforços para localizar e resgatar as vítimas estão sendo intensificados.
O fotógrafo Alex Santos esteve na região no último dia 4 de janeiro e conseguiu chegar bem próximo à cidade de Wajima que foi uma das mais atingidas e conseguiu fazer alguns registros da destruição durante esse trajeto.
“Consegui chegar até a divisa entre as cidades de Anamizu e Wajima pelo único acesso disponível, que era através das montanhas. Essa estrada estava bem danificada com rachaduras, desníveis, árvores e postes caídos e ainda havia o risco de novos tremores e deslizamentos.
Quando cheguei no último bloqueio policial que fica a 14km da entrada principal da cidade de Wajima, fui impedido de continuar o trajeto, porque a partir daquele ponto, só estavam permitindo o acesso às equipes de salvamento, entregas de mantimentos e equipamentos de resgate às vítimas.
Na região ainda há muitas pessoas desaparecidas, e que possivelmente estão embaixo dos escombros, e enquanto essas vítimas não forem resgatadas, o acesso à região continuará bem restrito. Foi exatamente assim que ocorreu no terremoto de Tohoku em 2011. Eu só consegui entrar na região afetada, após o 6º dia, que foi o tempo que as equipes de resgate precisaram para recuperar as vítimas.” Relata Alex Santos.
Autoridades locais estão trabalhando para restabelecer a infraestrutura danificada o mais rápido possível, buscando viabilizar a entrada de suprimentos e equipamentos pesados para auxiliar nas operações de busca e resgate. Enquanto isso, helicópteros e equipes especializadas em resgate em áreas de difícil acesso estão sendo acionadas para auxiliar na operação.
O governo japonês tem se comprometido a fornecer toda a assistência necessária às vítimas e suas famílias, bem como a apoiar na reconstrução das áreas afetadas. Esforços estão sendo feitos para garantir abrigo, alimentos e demais necessidades básicas aos sobreviventes, pois muitos perderam suas casas e estão desabrigados.
O terremoto no Japão no último dia 1 de janeiro de 2024 foi um evento trágico que tem causado uma devastação significativa. No entanto, a perseverança das equipes de resgate e a solidariedade da comunidade são motivos de esperança para um futuro de reconstrução e recuperação. A nação japonesa, conhecida por sua resiliência, dará mais uma vez uma demonstração de força diante dessa adversidade.
Fotos: Alex Santos (@alexsantosjp)