Uma pesquisa realizada pela Japan Publishing Foundation for Culture apontou que 27,7% dos municípios japoneses, ou 482 cidades, vilas e aldeias, não possuem livrarias físicas.
As regiões mais afetadas são as províncias de Okinawa, Nagano e Nara, onde mais da metade das localidades não têm livrarias. Em contraste, todos os 23 bairros do centro de Tóquio ainda mantêm livrarias ativas.
A pesquisa também mostra que o número total de livrarias no Japão caiu para 7.973, uma redução de 609 lojas desde a última contagem em setembro de 2022. Esse declínio está ligado à diminuição da população em áreas rurais e ao aumento do uso de lojas online.
Esse cenário é parte de uma tendência mais ampla de diminuição nas vendas de livros e
revistas físicas, que caíram 6% em 2023 em relação ao ano anterior, totalizando cerca de 1,06 bilhão de ienes (aproximadamente 6,7 bilhões de dólares). Desde o pico de vendas em 1996, que foi de 2,66 bilhões de ienes, o mercado vem enfrentando uma queda constante.
Segundo Shuichi Matsuki, executivo da Fundação, “o ambiente ao redor das livrarias está se tornando mais severo à medida que os custos com pessoal aumentam e as vendas caem”. Ele destacou a necessidade de as livrarias se tornarem mais atraentes para os clientes, em cooperação com editoras e escritores.
Em resposta a essa crise, o ministro da Indústria, Ken Saito, expressou sua visão de um futuro em que “bibliotecas, sites online e livrarias coexistam” Seu ministério iniciou um projeto em março para promover o negócio de livrarias.
Fonte: Kyodo News