Os furtos de unidades externas de ar-condicionado vêm crescendo rapidamente no Japão, especialmente em áreas suburbanas da região de Kanto. Segundo a Agência Nacional de Polícia, o número de casos saltou de 255 em 2020 para 3.397 em 2024 — mais de treze vezes em quatro anos.
O aumento no preço do cobre, usado nos canos dos aparelhos, é apontado como principal motivação dos crimes. Em alguns casos, os aparelhos são revendidos inteiros no mercado negro, como alternativa mais barata para enfrentar o calor do verão.
As prefeituras mais afetadas em 2024 foram Ibaraki (594 casos), Saitama (563), Chiba (402) e Gunma (259). A capital Tokyo registrou apenas 60 ocorrências, e Osaka, 101 — um reflexo de que ladrões evitam áreas urbanas com maior vigilância.
Sem pistas e diante da desmontagem rápida dos aparelhos, a polícia enfrenta dificuldades em rastrear os criminosos. Em resposta, a Delegacia de Polícia de Choshi, em Chiba, criou adesivos de identificação para os moradores colarem em suas unidades externas. O material é resistente e contém o número de série do aparelho, além do nome da delegacia e do governo local, servindo também como um aviso visual para inibir furtos.
A iniciativa levou à identificação de um aparelho roubado encontrado em um depósito de sucata, o que resultou na prisão de um suspeito em abril. Desde então, a polícia distribuiu mais de 200 adesivos e afirma ter outro sistema de rastreamento, mantido em sigilo para evitar fraudes.
As autoridades seguem orientando os moradores a protegerem seus aparelhos e registrarem os números de série, na tentativa de conter a onda de furtos.
Fonte: Asahi Shimbun









