Os filtros de cigarro, criados nos anos 1950 como estratégia de marketing para aparentar maior segurança, não reduzem danos à saúde e se tornaram uma das principais fontes de poluição plástica no mundo, descartados em trilhões a cada ano.
Pesquisadores da Universidade de Oxford e da UMass Amherst alertam que os filtros de cigarro não apenas falham em proteger os fumantes, como podem aumentar o risco de câncer de pulmão ao suavizar a fumaça e facilitar a inalação profunda. Além dos impactos à saúde, o problema é ambiental: feitos de acetato de celulose, os filtros não se decompõem e liberam microplásticos em rios e oceanos.
As bitucas representam o item mais descartado globalmente, com cerca de 4,5 trilhões jogados fora todos os anos, o equivalente a 800 mil toneladas métricas de resíduos plásticos. Apesar de restrições a outros descartáveis, como canudos e sacolas, os filtros de cigarro continuam fora do foco principal de legislações.
Algumas cidades, como Santa Cruz, na Califórnia, já aprovaram sua proibição. No cenário internacional, o rascunho do futuro tratado da ONU contra a poluição plástica inclui os filtros apenas parcialmente, permitindo versões chamadas “biodegradáveis”, que seguem ineficazes e poluentes.
Grupos de saúde e meio ambiente, incluindo a Organização Mundial da Saúde, defendem uma proibição total. Para especialistas, eliminar os filtros reduziria a poluição, desmontaria a falsa sensação de segurança dos cigarros e poderia diminuir a prevalência do tabagismo.
Fonte: Japan Today









