A Meta anunciou nesta terça-feira (14) que contas de adolescentes no Instagram passarão a ter, por padrão, um filtro de conteúdo equivalente à classificação PG-13, bloqueando publicações com sexo, drogas, linguagem forte ou comportamentos perigosos. Jovens menores de 18 anos não poderão alterar essas configurações sem autorização dos pais.
A medida, descrita pela empresa como “a maior atualização de segurança para adolescentes” desde o lançamento das contas específicas em 2023, busca limitar o acesso a conteúdos potencialmente nocivos, como postagens sobre automutilação, distúrbios alimentares ou uso de entorpecentes. A Meta também anunciou uma nova opção de “conteúdo limitado”, que permite aos pais aplicar filtros ainda mais rigorosos, restringindo comentários e interações.
As mudanças surgem em meio a fortes críticas sobre o impacto das redes sociais na saúde mental de jovens. Relatórios recentes apontaram que o Instagram ainda recomenda conteúdos sexualizados e de automutilação a usuários adolescentes. A Meta rebateu as acusações, chamando os estudos de “enganosos e especulativos”.
Entidades de proteção à infância, como Fairplay e ParentsTogether, reagiram com ceticismo, alegando que a empresa costuma priorizar relações públicas em vez de segurança real. “Precisamos de transparência e responsabilização, não apenas anúncios chamativos”, disse Josh Golin, da Fairplay.
Além do filtro PG-13, o Instagram também restringirá o contato entre adolescentes e contas com conteúdo inapropriado, bloqueando interações com perfis que promovam temas adultos, inclusive aqueles com links para plataformas como OnlyFans. A Meta afirmou que as novas diretrizes também se aplicarão a chatbots de inteligência artificial, que deverão responder dentro dos limites da classificação etária.
Para especialistas, as mudanças representam um avanço moderado, mas também uma oportunidade para fortalecer o diálogo entre pais e filhos sobre o uso consciente das redes.
Fonte: Japan Today









