O Japão registrou um aumento expressivo no número de estudantes universitários com deficiência intelectual ou de desenvolvimento, que muitas vezes só recebem diagnóstico após enfrentarem dificuldades na vida acadêmica e social. Segundo a Organização de Serviços Estudantis do Japão, 14.666 estudantes com essas condições estavam matriculados no ano letivo de 2024 — quase cinco vezes mais que uma década atrás.
Embora o governo promova detecção precoce na infância, muitos transtornos só se tornam aparentes em transições importantes, como o ingresso na universidade. O caso de Kenta (pseudônimo), estudante da Universidade de Saga, ilustra esse cenário: após repetidas dificuldades em acompanhar tarefas e aulas, ele procurou a sala de apoio ao estudante, onde realizou um teste Wechsler que revelou grandes disparidades cognitivas. Encaminhado a avaliação médica, recebeu diagnóstico de TDAH com características de TEA.
Universidades têm ampliado o suporte por meio de salas de apoio e “adaptações razoáveis”, mas especialistas ressaltam que a demanda cresce rapidamente. Para muitos jovens, o diagnóstico tardio representa o primeiro passo para compreender seus desafios e desenvolver estratégias que permitam avançar na vida acadêmica.
Fonte: The Mainichi









