Um dos criadores nipónicos mais talentosos na arte de Mukimono chama-se Gaku. É herdeiro de uma tradição que, no Japão, se popularizou a partir do século XVII. A origem desta arte é anterior, desenvolveu-se no continente asiático, mais concretamente na China.
A partir deste país, o Mukimono expandiu-se para outros territórios, nomeadamente o Japão, as Filipinas e a Tailândia (embora haja quem defenda que os fundamentos para esta arte tenham nascido neste último país, no século XIV).
Uma arte que beneficiou de matérias-primas abundantes e económicas. Os campos em torno das grandes cidades forneciam o material para a arte de Mukimono. Tudo o mais partiu do engenho de artesãos que, provavelmente, já se dedicariam à escultura em madeira, pedra e outros materiais.
O Mukimono abarca diferentes técnicas, basicamente relacionadas com a porção de fruto ou vegetal que é trabalhada. Temos o baixo, o médio e o alto-relevo. Este último, quando a polpa esculpida se evidência face ao restante fruto/vegetal.
Tradicionalmente o artista de Mukimono trabalha somente com uma faca de lâmina fina e muito afiada. Alguns criadores engendram as suas próprias ferramentas de corte de forma a alcançar padrões complexos. Gaku utiliza um X-acto.
Nas suas origens o Mukimono servia uma função ritual, de oferta aos deuses. Hoje, estas peças de arte efémeras cumprem funções menos espirituais, tendo um fim decorativo e ornamental, utilizadas frequentemente em restauração, hotelaria e mesmo campanhas de promoção de produtos.