A Suprema Corte da Coreia do Sul ordenou que uma empresa siderúrgica do Japão indenize homens coreanos que dizem ter sido forçados a trabalhar em sua fábrica durante o período colonial.
A decisão inédita contra a Nippon Steel & Sumitomo Metal pode abrir um precedente para outras ações judiciais perante o principal tribunal do país.
Os ex-trabalhadores moveram sua ação contra a empresa pela primeira vez em 2005.
Tribunais de instância inferior tinham decidido anteriormente que os homens não poderiam visar obter pagamento devido a um acordo de décadas que normalizou os laços entre os dois países.
Em 2012, a Suprema Corte da Coreia do Sul reverteu as decisões, afirmando que trabalhadores, de maneira individual, ainda tinham o direito de buscar indenização de empresas japonesas.
Um ano mais tarde, um tribunal de Seul ordenou que a siderúrgica indenizasse os homens deste caso.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Taro Kono, declarou que a decisão de terça-feira da Suprema Corte da Coreia do Sul sobre o trabalho da época da guerra é totalmente inaceitável, e que seu país vai responder de maneira resoluta.
Por meio de uma declaração, também no mesmo dia, Kono disse que a decisão era extremamente lamentável, já que vai obviamente contra um acordo de 1965 entre o Japão e a Coreia do Sul. O governo japonês sustenta que o acordo resolveu a questão do direito de buscar indenização.