Carlos Ghosn, antigo PCA do grupo automóvel franco-japonês, Renault-Nissan, cumpre os 22 dias de detenção preventiva, mas, poderá, ser indiciado, na segunda-feira, por crime de fuga ao fisco, pelas autoridades do Japão, onde está detido, desde 19 de novembro.
O período legal de 22 dias de prisão preventiva de Carlos Ghosn, antigo presidente do grupo automóvel Renault/Nissan, chega ao fim na segunda-feira e tudo indica que ele vai ser constituído arguído num processo de corrupção.
Acusado de fraude financeira, Ghosn, que tem estado sob detenção preventiva desde 19 de novembro, ainda não foi formalmente indiciado, mas segundo o jornal financeiro Nikkei, ele será indiciado, mas continuará na prisão.
Efectivamente, é corriqueiro, no Japão, prender várias vezes uma mesma pessoa num dado processo, por motivos ligeiramente diferentes, permitindo aos procuradores manter os suspeitos na cadeia e prosseguir com a investigação.
Recorda-se que o antigo PCA da Renault-Nissan, foi detido suspeito de ter declarado apenas uma parte dos seus rendimentos durante 3 anos ao fisco no Japão.
A imprensa japonesa nota que Carlos Ghosn tem desmentido as acusações de fraude fiscal, mas os seus advogados, ainda não declararam, qual vai ser a estratégia de defesa do ex-PCA do grupo franco-japonês, Renault-Nissan.