A Audi, que pertence ao Grupo Volkswagen, é a marca de carros de luxo que mais tem se dedicado a implementar tecnologia de direção semiautomática em seus carros.
Recentemente, a companhia prometeu investir quase US$ 16 bilhões em veículos elétricos/autônomos até 2023. A maior parte desse investimento será feito através de sua subsidiária, a AID (Autonomous Intelligent Driving).
Em entrevista ao The Verge, Alexandre Haag, diretor de tecnologia da empresa, falou sobre os planos da AID (que envolve as marcas Volkswagen, Audi e Porsche) para estrear veículos cem por cento autônomos em vias públicas, o que deve acontecer até 2021.
Com sede em Munique, a AID, fundada em meados de 2017, conta com aproximadamente 150 funcionários e já possui 12 carros autônomos em teste. Ao contrário da Ford e General Motors, que contrataram empresas terceirizadas, a AID optou por construir sua equipe completamente do zero.
Haag disse não ter pressa para estrear nas ruas. Todos os projetos da empresa visam desenvolver veículos autônomos de nível 4, que são aqueles que se deslocam do início ao fim do trajeto sem nenhuma intervenção humana.
Uma das parcerias da AID é com a empresa Luminar, que vai fornecer o sistema de detecção de objetos no trânsito baseado em sensores LIDAR. A Luminar já trabalha com a Volvo e a Toyota, entre outras montadoras. Para Haag, a tecnologia LIDAR, embora promissora, ainda tem muito a evoluir para atingir seu estágio ideal. À medida que os sistemas LIDAR estão sendo aprimorados, as pessoas estão se acostumando com a direção autônoma. Esse período é o tempo necessário que AID precisa para inaugurar seus serviços com veículos totalmente autônomos em larga escala.
Austin Russel, CEO da Luminar, disse que, apesar da parceria entre as duas empresas ser recente, a AID se mostra mais avançada que outras montadoras, principalmente, pelo fato da companhia não trabalhar com softwares antigos, que herdam pilhas e pilhas de códigos ultrapassados.