Formigas normalmente usam feromônios para traçar rotas entre um ponto de partida e um ponto de chegada, o que possibilita que outras formigas possam acompanhar grandes caminhos sem se perder; no entanto, essa tática não funciona no deserto. O sol forte destrói os feromônios, e muitas vezes a areia – que permanece em constante movimento – simplesmente cobre os traços, por isso as formigas do deserto usam luz solar polarizada para se localizar e “contam” seus passos para determinar a distância percorrida.
Em busca de uma tecnologia alternativa ao GPS, o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) desenvolveu um robô semelhante a uma formiga e que usa a luz que vem do céu como guia de navegação. Para alcançar a eficiência das formigas, o robozinho do MIT usa dois sensores de luz com resolução de apenas 14 pixels, equipados com filtros polarizados giratórios.
Os resultados são de impressionar: ao contrário de outros métodos de navegação não GPS, o robô não perde a precisão da localização à medida que se distancia do ponto de partida. Além disso, tem uma margem de erro de 0,67% nas mesmas condições de iluminação encontradas pelas formigas em ambiente natural. Futuramente, a tecnologia poderá ser útil para todos os dispositivos que utilizam GPS, especialmente quando o sinal do localizador principal não estiver disponível.