O governo da Rússia votou e aprovou um projeto de lei que dá aos políticos o poder de isolar a internet do país do restante do mundo. A ideia principal é proteger as conexões locais de possíveis ataques ou eventos globais que separem o país da rede mundial.
Conhecido como internet soberana, o projeto segue seu caminho para virar lei a partir do dia 1º de novembro e deve custar aproximadamente R$ 1,82 milhão aos cofres russos. A medida visa evitar problemas que possam causar um apagão repentino da internet local, mas muitos acreditam que ela abre uma brecha para que o governo aplique uma censura mais pesada no território.
Mais uma crítica ao projeto é que ele pode reduzir o desempenho da internet russa, que basicamente operaria em cima da infraestrutura local. Outro desafio técnico da lei é a criação de um DNS nacional para que os cidadãos possam acessar a internet em caso de apagão da rede mundial.
O programa é bastante criticado por especialistas russos e estrangeiros pelo poder que dá ao estado sobre a rede, além de prejudicar pessoas comuns que utilizam a internet para trabalho ou lazer. A implementação da lei será gerenciada pela Roskomnadzor, organização que anteriormente baniu do país sites como LinkedIn, Wikipedia e Archive.org e serviços como o Telegram.