O jornal estadunidense The New York Times anunciou que, em abril deste ano, começou a usar uma inteligência artificial de aprendizado de máquina e algumas pesquisas para ajudar a prever que tipo de propaganda pode impactar mais um grupo de pessoas, levando em conta as emoções que os leitores demonstram ao se depararem com notícias em seu site.
Para chegar a esse resultado, foram coletadas informações por cerca de 1 ano para criar uma lista com 30 emoções mais comuns, com 18 delas disponíveis para empresas explorarem em propagandas dentro das publicações. Entre as opções estão sensações como fascínio, otimismo, felicidade, competitividade, nostalgia, medo, tristeza, paixão e vontade de gastar.
Com esses resultados em mãos, é possível, por exemplo, que uma loja de artigos de época insira as suas propagandas em notícias que estimulem nostalgia, enquanto uma rede de cinemas poderia explorar um sentimento como medo para exibir uma publicidade referente a um filme de terror.
Vale mencionar que o The New York Times não é o único site a oferecer tal recurso, pois funções semelhantes estão no USA Today desde 2017 e vêm sendo testadas pelo The Daily Beast.
Público diversificado
Um dado curioso é que nem todos os leitores acessam sites de notícias apenas em busca de assuntos que induzem sentimentos positivos. Kelly Andresen, executiva do USA Today, relatou que no início a companhia imaginou que os leitores estavam interessados apenas em temas felizes, mas se surpreendeu quando viu o público sendo afetado por um pouco de cada um dos materiais publicados na página.
Ainda que alguns meios possam enxergar essa tática como algo vantajoso, há quem duvide de que esse sistema seja totalmente confiável pelo fato de que determinada propaganda poderia soar como uma espécie de manipulação dentro de uma notícia.