Imagine viajar de Los Angeles, nos Estados Unidos, a Tóquio, no Japão, em apenas três horas. Essa é a proposta da Boeing para o futuro. Durante uma conferência em Atlanta, a empresa revelou a arte conceitual do que deve ser seu mais novo jato hipersônico, capaz de reduzir rotas de quase 9 mil quilômetros, que levam até 11 horas de voo, em “pontes aéreas”.
A tecnologia, entretanto, não deve sair do papel tão cedo. Segundo Dennis Muilenburg, CEO da Boeing, esse é um projeto de longo prazo, para daqui pelo menos 20 anos. “Nós vemos um futuro inovador e conectado, com viagens de Nova York a Londres em apenas duas horas”, afirmou. O voo citado por Muilenburg leva cerca de sete, atualmente.
Em teoria, o novo avião terá a velocidade de Match 5, marca que representa cinco vezes a velocidade do som, alcançando até 6.200 quilômetros por hora. O desafio, entretanto, é transportar essa tecnologia para o mercado de voos domésticos, no qual segurança é palavra-chave. Para isso, a equipe da empresa terá que desenvolver novas peças e novos motores.
O que pode ser caro demais para valer a pena. Afinal, a Boeing está disposta a gastar bilhões de dólares na produção das aeronaves sem saber o quanto companhias aéreas cobrarão pelas passagens? Em entrevista a CNBC, John Plueger, CEO da AirLease Corp., empresa que conecta fabricantes de aviões a companhias aéreas, essa tecnologia deve levar um bom tempo até se tornar realidade. “É difícil de acreditar essa será uma tecnologia competitiva nos próximos 20 anos”, afirmou.