Os hóspedes em um hotel no Japão podem ter sido vigiados por hackers. O Henn na Hotel admitiu que os robôs assistentes dos quartos — 100 unidades do modelo Tapia — tinham uma brecha que permitia a interceptação de câmeras e microfones. A empresa afirma que atualizou o sistema para aumentar a segurança.
O robô fica na mesa de canto de cada quarto, para auxiliar os hóspedes com tarefas como apagar a luz ou ligar para a recepção.
A rede hoteleira foi avisada da vulnerabilidade por Lance R. Vick, um engenheiro de segurança. Sem receber resposta, Lance publicou o alerta no Twitter: “O robô pode ser convertido para oferecer acesso remoto a qualquer câmera/microfone a todos os futuros convidados”.
Segundo o hotel, uma investigação mostrou que “nenhum aplicativo não autorizado foi instalado” e que “todas as medidas contra o acesso não autorizado foram concluídas”.
Não é a primeira vez que o Henn na tem problemas com seus robôs tecnologias. Hideo Sawada, fundador do hotel, disse ao jornal The Guardian, em 2015, que o objetivo era robotizar 90% da equipe. A rede começou com 80 unidades e chegou a ter mais de 240. No entanto, o número foi cortado à metade conforme a maioria se mostrou pouco eficiente.
Segundo avaliações de hóspedes, os assistentes de voz instalados nos quartos não entendiam comandos simples e ficavam hiperativos de madrugada, acordando o visitante. Os robôs na recepção não conseguiam responder a perguntas básicas, carregar bagagens ou registrar o passaporte dos hóspedes.
“Quando você realmente usa robôs, percebe que há lugares onde eles não são necessários – ou apenas irritam as pessoas”, afirma Sawada ao Wall Street Journal.