O governo japonês ofereceu explicações a diplomatas estrangeiros em Tóquio sobre o plano de descarte no mar de água tratada da usina nuclear Fukushima 1.
Representantes de 49 países e regiões participaram de uma conferência online, na terça-feira, sobre o assunto. Um diplomata chinês estava entre os presentes. Pequim tem expressado grave preocupação sobre o descarte.
Autoridades do governo japonês pediram pela compreensão dos participantes. Explicaram que o trítio radioativo, que continuará presente na água tratada, será diluído em um nível abaixo da quantidade permitida pelas regulações japonesas. Acrescentaram que outras medidas serão tomadas para garantir a segurança dos procedimentos.
O lado japonês também destacou aos diplomatas que o país vai trabalhar junto com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em atividades relacionadas a monitoramento ambiental, para assegurar transparência.
Os diplomatas pediram informações detalhadas sobre as formas como a água tratada será despejada no oceano. Também gostariam de saber como o governo japonês vai compartilhar informação sobre o assunto a partir de agora.
A decisão do governo sobre o descarte da água tratada ocorre uma década após o enorme terremoto seguido de tsunami que atingiu o nordeste do Japão, e desencadeou um colapso triplo na usina nuclear Fukushima 1.
A água é usada para resfriar combustível nuclear derretido e se mistura à água da chuva e do subsolo que flui para o edifício dos reatores. O líquido então se acumula a uma taxa de 140 toneladas por dia.
A água passa por um processo de tratamento que remove a maior parte do material radioativo, mas ainda assim continua a conter trítio.
Depois disso, a água tratada é armazenada. O local abriga cerca de mil tanques, que se encontram agora 90% cheios. Há expectativa de que eles se encham por completo em determinado momento no ano que vem.
Fonte: NHK World-Japan