Especialistas japonês divulgaram um relatório com diretrizes para enfrentar a possível queda de cinzas em caso de erupção do Monte Fuji. Alertando para impactos significativos na região metropolitana de Tokyo, mesmo em cenários de intensidade moderada.
Caso o vulcão entre em erupção, os ventos podem espalhar cinzas por ampla área. Em até duas semanas, a província de Kanagawa pode acumular mais de 30 cm de cinzas, enquanto o centro de Tokyo pode registrar cerca de 10 cm.
O relatório apresenta recomendações, com até 30 cm de cinzas a população deve, em princípio, permanecer em casa. Acima desse volume, a orientação é evacuar, devido ao risco de desabamento de casas de madeira sob o peso da cinza úmida.
Cinzas vulcânicas molhadas são condutoras de eletricidade e podem causar curtos-circuitos, blecautes e paralisação dos trens. Setores essenciais como energia, telecomunicações e transporte devem se preparar previamente para garantir a continuidade dos serviços.
Mesmo com menos de 30 cm, a circulação de veículos pode ser inviável. A logística e o acesso a serviços básicos serão comprometidos. Pessoas com doenças crônicas devem considerar evacuação antecipada.
As cinzas contêm partículas de vidro que prejudicam olhos e vias respiratórias. Máscaras e óculos de proteção devem integrar os kits de emergência. Além disso, como não se dissolvem em água, as cinzas são mais difíceis de remover do que a neve, exigindo preparação prévia para seu armazenamento temporário.
A Agência Meteorológica do Japão pretende implementar um sistema de alertas específicos para quedas de cinzas, com instruções claras à população.
A última erupção do Monte Fuji ocorreu em 1707, escurecendo o céu de Edo, a atual Tokyo. Diante da vulnerabilidade das cidades modernas, o governo reforça a importância de cooperação entre os setores público e privado na adoção de medidas preventivas.
Fonte: Japan News