A polícia japonesa informou que foi recorde, no ano passado, o número de ordens de restrição emitidas contra ” stalkers”, ou perseguidores. Autoridades estudam a adoção de novas medidas capazes de resolver o problema de perseguidores que usam dispositivos de rastreamento.
Em 2024, a Agência Nacional de Polícia registrou 19.567 denúncias relacionadas a assédio e perseguição. Foram emitidas 2.415 ordens de restrição para coibir a ação dos perseguidores nos termos da Lei de Combate a Perseguições do Japão.
As autoridades observam alta no número de casos em que os perseguidores acompanham o deslocamento das vítimas por meio de tags de rastreamento e aplicativos de celular.
Aumentou para 370, no país, o total de queixas sobre dispositivos de rastreamento colocados junto a pertences das vítimas. Projetados originalmente para rastrear pertences pessoais, são dispositivos amplamente disponíveis na atualidade.
Hoje, a lei japonesa não proíbe o ato de acoplar dispositivos de rastreamento a pertences de terceiros.
Com vistas a solucionar o problema, a Agência Nacional de Polícia estuda novas regulamentações, incluindo a criação de um enquadramento jurídico.
Este ano, uma mulher foi encontrada morta na cidade de Kawasaki, vizinha a Tóquio. Anteriormente, ela havia apresentado queixa de que estaria sendo perseguida por um ex-namorado, mas a polícia não fez nenhuma advertência e não foi emitida ordem de restrição. Posteriormente, o homem seria preso e processado pelo crime.
À luz do incidente, a agência instruiu centrais de polícia de todo o país a pôr em prática medidas exaustivas que atribuam prioridade à segurança das vítimas.
Fonte: NHK