Nesta terça-feira, 1º de julho, completam-se 18 meses desde que um forte terremoto atingiu áreas ao longo da costa do Mar do Japão, incluindo a Península de Noto, no dia do Ano-Novo de 2024.
O número de pessoas mortas pelo terremoto, incluindo aquelas que vieram a falecer posteriormente por causas relacionadas ao desastre, nas províncias de Ishikawa, Toyama e Niigata, chegou a 616. A cifra pode aumentar, uma vez que as autoridades ainda estão examinando os pedidos das famílias que demandam que as mortes de seus entes queridos sejam classificadas como relacionadas ao desastre.
A população das áreas atingidas pelo sismo está diminuindo. Quatro cidades da região de Oku-Noto, no norte da província de Ishikawa, registraram, até o final de abril, uma queda de 10,7% na população local.
Autoridades da cidade de Suzu dizem que mais de 1.870 pessoas viviam no distrito de Horyu-machi. No entanto, segundo dados do final de maio, a população tinha 300 residentes a menos, marcando o maior declínio observado entre os distritos da cidade.
Um grupo de residentes fez uma sondagem dos lares de moradores locais e descobriu que algumas famílias que criam filhos planejam se mudar em vista da incerteza com relação ao futuro. O grupo afirma que muitas famílias têm residência registrada no distrito, mas moram em Kanazawa ou em outras cidades.
Tada Shinro, que lidera o grupo, disse que é incerto se a comunidade local conseguirá ser reconstruída e permanecer intacta. Ele disse esperar que as pessoas que deixaram a área após o terremoto visitem o distrito em agosto para o tradicional festival local, que será realizado pela primeira vez em dois anos. Ele expressou o desejo de que elas reconsiderem a possibilidade de voltar a morar no distrito.
As autoridades ainda lutam para trazer de volta a vitalidade às comunidades locais.
Foto: NHK