A Nintendo vem se aventurando pela seara mobile com games para tablets e smartphones desde 2016, com Super Mario Run — que, segundo o Sensor Tower, acumulou tímidos US$ 68 milhões. Animal Crossing: Pocket Camp, de 2017, e Dragalia Lost, de 2018, também tiveram desempenho abaixo do esperado, com arrecadação de US$ 70 milhões e de US$ 74 milhões, respectivamente.
Esses números vinham desanimando a companhia no setor, até que Fire Emblem Heroes salvou a lavoura: sozinho, o título, que debutou em 2017, superou os três com nada menos que US$ 500 milhões. E quais são as principais razão desse sucesso?
Bem, o RPG tático por turnos tem uma jogabilidade que favorece a experiência na tela sensível ao toque dos dispositivos Android e iOS e conta com um bom “fator replay”, além de ser grátis e sem compras obrigatórias no app. É possível obter orbs para invocar heróis, mas esses itens também podem ser ganhos durante a própria história.
Assim como outros games de sucesso, a exemplo de Fortnite, são justamente as microtransações que aumentam a receita. Somente no Japão, Fire Emblem Heroes abocanhou US$ 280 milhões, o que representa 56% da receita total. Nos Estados Unidos foram US$ 155 milhões (31%) e outras 57 localidades dividem os 13% restantes.
Embora as microtransações ainda sejam motivo de discussão e as loot boxes estejam na mira dos críticos e de organizações que avaliam o impacto de recursos considerados “jogos de azar” para menores de idade, é inegável que as compras e outras monetizações internas nos games causam um imenso impacto nos lucros de softwares para dispositivos móveis.