O Facebook anunciou nesta sexta-feira, 28, uma falha de segurança que afetou 50 milhões de contas na rede social, e que teve uma consequência curiosa: aproximadamente 90 milhões de pessoas precisaram refazer o login no Facebook nesta sexta.
A empresa explica que a falha foi descoberta na última terça-feira, dia 25, e tem sido investigada desde então. Os cibercriminosos exploraram uma falha no recurso “Ver Como” da rede social, que permite ao usuário visualizar como fica o seu perfil para desconhecidos, amigos de amigos ou amigos da rede social.
Segundo o Facebook, uma vulnerabilidade do código na rede social permitiu que esse recurso fosse usado para roubar tokens de acesso às contas. Os tokens são chaves digitais que permitem que os usuários se mantenham logados na rede social sem precisar digitar sua senha todas as vezes que acessam o site ou aplicativo. Usando esses dados, os hackers podem ter acessado indevidamente as contas de vários usuários, sem precisar descobrir a senha.
O comunicado da falha diz que o Facebook tem certeza que 50 milhões de contas foram afetadas. Os tokens dessas contas foram todos invalidados, o que, na prática, fez com que estes usuários precisassem refazer seus logins para se conectar à rede social. Por precaução, o Facebook também invalidou os tokens de outras 40 milhões de contas que usaram o “Ver Como” no último ano, mesmo sem evidências de ataque; essas pessoas também precisaram refazer seus logins nesta sexta-feira. No total, são 90 milhões de usuários que foram desconectados da plataforma.
A falha é grave especialmente porque ela não afeta apenas as contas do Facebook. Isso porque muita gente usa o Facebook para se conectar a outros aplicativos. Com uma falha dessas, também seria possível acessar outros serviços que o usuário tenha vinculado à rede social, o que torna a brecha consideravelmente mais grave.
Diante desta situação, o Facebook também desativou o recurso “Ver Como” temporariamente para analisar melhor a vulnerabilidade. A empresa diz que, por estar em uma etapa inicial de investigação, não há como saber ainda se o roubo destes tokens permitiu que as contas atingidas fossem utilizadas para algum fim indevido, ou se as informações das vítimas foram acessadas. Da mesma forma, a empresa ainda não sabe apontar quem são os responsáveis pelo ataque.