Com a expectativa de vida dos cães aumentando graças a melhores cuidados e alimentação, veterinários no Japão observam um forte crescimento nos casos de demência canina — condição que lembra o Alzheimer em humanos e que afeta principalmente animais com mais de 10 anos.
A veterinária Mami Irimajiri, do Centro Médico Veterinário da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio, explica que a chamada síndrome da disfunção cognitiva provoca sintomas como:
• esquecer o dono,
• incontinência,
• medo ou agressividade,
• dificuldade de recuar ou se virar,
• latidos persistentes à noite.
Nos estágios mais avançados, alguns cães andam em círculos ou vagam sem direção.
Prevenção segue lógica semelhante à humana
Irimajiri recomenda três pilares para retardar ou aliviar os sintomas:
* Exercício: não apenas caminhadas, mas movimentos variados, como sentar e levantar, ou andar sobre superfícies macias — evitando excessos.
* Estímulo mental: brinquedos educativos que liberam petiscos, caixas vazias usadas como desafios e a aprendizagem de novos truques, mesmo na velhice.
* Alimentação: rações completas e apropriadas para a idade. Preparações caseiras sem orientação podem ser prejudiciais.
Risco dispara após os 10 anos
Uma pesquisa publicada na Scientific Reports indica que a disfunção cognitiva afeta 28% dos cães entre 11 e 12 anos e 68% dos cães entre 15 e 16 anos. O risco aumenta cerca de 68% a cada ano após os 10 anos.
Apesar disso, ajustes no ambiente, suplementação e medicamentos podem melhorar o quadro.
Irimajiri reforça: “O mais importante é perceber as mudanças cedo.”
Fonte: The Mainichi









