Orientais são conhecidos por uma ética de trabalho imutável, tão rígida que algumas vezes representa problemas de saúde pública e desempenho, com diversos casos de estafa mental e fadiga por não descansar. No Japão, a questão dos excesso de trabalho é tão comum – e preocupante – que existe uma palavra específica para definir morte causado pelo trabalho extremo: karoshi.
Em vista dos hábitos japoneses, a empresa Crazy, especializada em casamentos de luxo em Tóquio, tomou uma medida drástica para melhorar a saúde mental e física de seus funcionários: ela irá remunerar funcionários com o sono em dia. O objetivo da empresa é que funcionários que dormem pelo menos seis horas por dia (importante notar que médicos recomendam um mínimo de oito horas de sono como o ideal e saudável) ganhem pontos para serem trocados por refeições na empresa. A recompensa pode chegar a até US$ 570 por ano.
Segundo a Bloomberg, o acompanhamento do sono dos funcionários é feito através de um aplicativo desenvolvido pela empresa de colchões Airweave Inc. Segundo o CEO da Crazy, Kazuhiko Moriyama, a sociedade japonesa precisa criar uma nova relação com o sono. Além dos incentivos para o descanso, a empresa tem iniciativas para incentivar melhor nutrição, prática de exercícios e um ambiente de trabalho mais positivo.
Uma pesquisa feita pela Fuji Ryoki, especializada em aparelhos de saúde, 92% dos japoneses acima dos 20 anos dizem que não dormem o suficiente.